Perdido e sem saber por onde começar? Confira aqui um guia de preparação para a sua graduação no exterior - incluindo candidatura, bolsas de estudo e dicas!

Não são muitos os estudantes brasileiros que sabem que é possível fazer uma graduação no exterior. E mesmo entre os que sabem que esta possibilidade existe, não são muitos os que entendem o processo de candidatura – bem diferente do nosso vestibular ou ENEM.
Se este é o seu caso, e você está pensando em fazer uma graduação completa fora do Brasil, reunimos nesta matéria as principais reportagens e vídeos publicados sobre o tema. Comece agora sua trilha de preparação!
  • Primeiros passos
  • Quem pode fazer uma graduação no exterior?
  • O Processo de Seleção: Etapa por etapa
  • Quanto custa fazer uma graduação fora
  • Bolsas de estudo para graduação no exterior
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Primeiros passos
Planejamento e organização são primordiais para quem sonha em realizar a graduação no exterior. Então, antes de começar a preparar a documentação, é importante passar pelas seguintes etapas:
1º – Reflita sobre as suas expectativas em relação à graduação no exterior
Quando você pensa na sua graduação, quais são os objetivos que sonha atingir? E o que você deseja fazer depois? Essas são algumas das pergunta que você pode fazer a si mesmo para entender melhor quais são as suas expectativas. “Se você toma a decisão de ir estudar fora, você tem que saber muito bem o que quer, senão corre o risco de chegar lá e se desapontar”, ressalta
Adriana Sorrenti, representante do British Council.
2º – Pesquise e escolha onde quer estudar
Entender o que as diferentes instituições (e os diferentes destinos) têm a oferecer é imprescindível. O processo de admissão de universidades estrangeiras, como você verá adiante, é complexo e exige dedicação. “O aluno precisa entender bem o que espera das universidades; o que cada uma pede em seu processo de seleção; e o que elas têm a oferecer. Cruzando esse fatores, ele chegará a uma boa lista de escolas e poderá se preparar de forma mais focada”, explica Laila Parada-Worby, especialista na
preparação de candidatos para a graduação no exterior.
Onde pesquisar? Além de olhar no próprio Estudar Fora (temos uma seção de “universidades“, além de rankings por áreas de atuação), também é uma boa ideia investigar o próprio site das universidades pelas quais você se interessa.
3º Entenda como funciona o processo de admissão no exterior e o que é avaliado pelas universidades
Diferentemente do Brasil, em que os candidatos fazem apenas uma prova (vestibular); no exterior, a seleção muitas vezes é holística e avalia o candidato como um todo, incluindo suas paixões, interesses e conquistas além da sala da aula. Segundo Lucerito Ortiz, do setor de admissões de Harvard, desempenho acadêmico, participação em atividades extracurriculares e qualidades pessoais são os três pontos mais avaliados no processo. “Estamos interessados não apenas no que você quer fazer ou estudar, mas em quem você será na nossa escola”, afirma. Ela também revela que não existe uma fórmula certa para garantir sua aprovação, o principal é ser autêntico.
Nesta websérie, o Estudar Fora entrevistou representantes de cinco países diferentes, que explicam o processo de admissão das universidades: Portugal, Reino Unido, Estados Unidos, Nova Zelândia e França:
4º – Faça uma autoanálise e crie um plano de preparação
Depois de entender as suas expectativas, quais universidades se encaixam nelas e como funciona o processo de admissão de cada, é hora de começar a se preparar propriamente. Para isso, faça uma autoanálise e defina quais são os seus pontos fortes e fracos. Reflita sobre como você pode melhorá-los e faça um plano de ação, colocando no papel quais metas quer alcançar, o que fará para atingi-las, o cronograma dessas ações e formas de medir o seu progresso.
5º – Melhore sua fluência no idioma
O idioma do país em que você pretende estudar deve ser um dos nortes para o seu preparo. Se você ainda não é fluente nele, o primeiro passo é reforçar seus estudos. Isso porque o processo de admissão será todo nesta língua, e a maioria das universidades exige de candidatos estrangeiros teste de proficiência na língua. Além disso, caso seja aprovado, todas as suas aulas serão neste idioma.
Isso vale mesmo para países em que é possível estudar apenas falando português – quem vai para Portugal, por exemplo, pode ter acesso a disciplinas exclusivas, estágio em outros países europeus e até intercâmbios acadêmicos caso tenha fluência em um segundo idioma.

Quem pode fazer uma graduação no exterior?
Qualquer estudante do 3º ano do ensino médio brasileiro pode se candidatar. Também é possível se candidatar após um ano de formado, desde que você consiga justificar que fez coisas interessantes nesse período. As universidades chamam esse um ano de ‘folga’ dos estudos de gap year.
A possibilidade de ingressar em universidades de excelência dos Estados Unidos cai consideravelmente se você tiver mais de um ano de formado. Caso você já esteja na graduação e queira estudar fora, deverá pedir transferência. Não é possível começar o curso do zero, como no Brasil – ou então esperar para fazer uma pós-graduação.

O Processo de Seleção
O processo de seleção para graduação no exterior é bem diferente do vestibular brasileiro. Na maioria dos países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, essa seleção é feita de forma mais holística, levando em consideração o perfil do candidato e não apenas suas notas em provas. Em geral, as etapas do processo de admissão em são:
1. Application forms (ou formulários de candidatura):
Serão pedidos dados cadastrais, informações sobre o seu desempenho acadêmico no ensino médio (suas notas no colégio, sua posição no ranking da turma, se houver) e lista das atividades extracurriculares que participou.
2. Testes padronizados:
Assim como há o Enem no Brasil, internacionalmente os testes SAT, ACT, SAT II são utilizados como forma de obter uma nota com avaliação padronizada dos candidatos. Nestas provas, o aluno não é “aprovado” ou “reprovado” – ele recebe uma pontuação total que será avaliada pela instituição em conjunto com o restante da documentação. É importante lembrar que estas provas não são como os vestibulares no Brasil. “O processo é mais complexo e, mesmo se o aluno tirar a nota máxima na prova, a aprovação não está garantida”, explica Laila ParadaWorby, especialista na preparação de candidatos para a graduação fora.
3. Testes de idioma:
Outra etapa do processo de seleção tem como objetivo verificar se seu domínio do idioma escolhido é suficiente para acompanhar um curso de ensino superior superior nesta língua. As provas mais comuns para comprovar proficiência em inglês são o TOEFL e o IELTS: veja aqui a diferença entre elas. Para espanhol, DELE e SIELE são as mais comuns; para alemão, o Goethe-Zertifikat é predominante.
Confira aqui mais informações sobre os principais exames de proficiência do mundo.
Se você está se preparando para um exame de proficiência, não deixe de checar nossos e-books: Guia completo de preparação para o TOEFL e Guia completo de preparação para o IELTS
4. Essays:
São basicamente redações que você terá de fazer se apresentando e contando a sua trajetória pessoal. É a oportunidade de mostrar quem é você além das suas notas, dos resultados nos testes e do seu currículo e, assim, se destacar dos demais.
5. Histórico escolar:
As universidades querem checar se você teve um bom desempenho acadêmico ao longo do ensino médio e se terá potencial para ser um excelente aluno de graduação no exterior. Por isso, elas pedem o seu histórico escolar de, pelo menos, 3 anos.
6. Cartas de recomendação: 
Essa não é uma prática comum no Brasil, mas que é fundamental nos processos seletivos de universidades estrangeiras. É a hora de mostrar quem você é por meio da opinião dos seus professores e de outras pessoas que o conheçam bem. Saiba mais sobre como devem ser as cartas de recomendação 
7. Entrevista (opcional):
Algumas universidades optam por fazer uma entrevista com os candidatos. Quando acontece, a entrevista é feita em inglês (ou no idioma da universidade) e é conduzida por um ex-aluno ou com um representante da universidade. Em geral, é o momento de reforçar tudo que já foi mostrado nas outras etapas. É importante você estudar bem o perfil da universidade, pois serão avaliados pontos como a adequação do seu perfil ao da instituição.
Exemplos de questões: 
A universidade de Oxford, no Reino Unido, divulgou uma lista de perguntas feitas a candidantos em processos seletivos anterioes. “Se você tivesse que escolher entre salvar florestas tropicais ou barreiras de corais?”, foi uma das questões que pleiteantes a uma vaga na área de biologia tiveram que responder. Veja AQUI. E tão importante quanto saber o que dizer em uma entrevista de admissão, é saber o que não deve ser falado em hipótese alguma. Confira uma lista das piores respostas que alguém pode dar à questão: “O que você faz no seu tempo livre?”.

Quanto custa fazer uma graduação no exterior
Quem está se pensando em fazer uma graduação no exterior deve, além de calcular os gastos com o application (provas e taxas das universidades), se preparar para as mensalidades e o alto de custo de vida em algumas cidades. Para te ajudar, o Estudar Fora pesquisou o investimento médio para estudar em alguns dos principais destinos:

Estados Unidos
De acordo com o Education USA no Brasil, estudante de graduação no exterior devem gastar cerca de US$ 47 mil por ano só com anuidade. Somando os custos de vida, o valor chega próximo a US$ 65 mil por ano. Isso, é claro, sem contar as bolsas de estudo. Se você ainda não sabe quanto vai gastar, uma dica interessante é o site do College Board. Lá são oferecidas diversas ferramentas para calcular os potenciais custos de uma graduação no exterior.

Reino Unido
Se sua intenção é estudar no Reino Unido uma dica interessante é o site do International Student Calculator. Você pode somar o valor da universidade com gastos como moradia, alimentação, transporte e hobbies. Nos sites das universidades você encontra os valores dos cursos. Para estudar História e Economia em Oxford (UK), por exemplo, você vai ter que investir cerca de 30 mil
Libras por ano.

Austrália
Segundo o Australian Centre, um estudante que for cursar uma graduação na Austrália terá que investir de AU$ 19mil a AU$ 24mil. Somado a isso, é preciso se preocupar com o custo de vida. “Para um semestre de graduação o estudante irá gastar em torno de R$ 28 mil”, afirma Priscila Guerra. Tais valores podem variar. “Depende da cidade, universidade, área do curso, tipo de acomodação e quantidade de moradores. E, claro, depende do estilo de vida levado pelo estudante durante a sua permanência no país”.

Portugal
Segundo o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, o valor cobrado por uma universidade portuguesa para cursos de graduação gira em torno de mil euros por ano. O custo de vida de um estudante no país pode variar de 600 euros a mil euros por mês.

França
Uma boa dica para você que pretende ir à França é o siteda Campus France, agência oficial de promoção do ensino superior francês. Lá você encontra o preço médio das refeições em restaurantes universitários, fast-foods, do jornal e até do cafezinho. Quanto às universidades, todas são públicas, mas isso não quer dizer que elas sejam gratuitas. Para cursos de graduação o valor cobrado não passa de 174 euros por ano, para mestrado 237 euros, e doutorado 359 euros. Confira aqui tudo o que você precisa saber para estudar na França.

Canadá
O Canadá é o principal destino de estudantes brasileiros se levarmos em consideração também a busca por cursos de línguas. Para cursar uma graduação no país, você precisa investir de CAD$ 15 a CAD$ 19 mil. O custo de vida mensal (acomodação, alimentação e transporte), varia em torno de R$ 3 mil a R$ 4,5 mil.





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