Em seus últimos dias, governo Trump acelera execuções

Penal capital deve ser aplicada pela administração federal em pelo menos cinco casos, o que tornará a atual administração a que mais executou em mais de um século nos EUA.


O governo Donald Trump planeja levar adiante pelo menos cinco execuções federais até janeiro, quebrando uma tradição de 130 anos nos Estados Unidos de interromper a aplicação de penas capitais durante uma transição presidencial.

Se todas as cinco forem realmente concretizadas, Trump terá sido o presidente cujo governo mais realizou execuções em mais de um século – serão 13 apenas desde julho deste ano, quando o presidente interrompeu um hiato de 17 anos sem aplicação da pena capital em nível federal.

A primeira das cinco deverá ser a de Brandon Bernard, marcada para esta quinta-feira. Ele tinha 18 anos quando, junto a um grupo de outros quatro adolescentes, foi preso como cúmplice no sequestro e assassinato de um jovem casal em 1999, no Texas.

Bernard, agora com 40 anos, está prestes a se tornar a pessoa mais jovem, com base na idade em que o crime ocorreu, em quase sete décadas a ser executado pelo governo federal.

Das próximas cinco execuções federais programadas, quatro delas, incluindo a de Bernard, envolvem homens negros. A outra pessoa, Lisa Montgomery, seria a primeira mulher a ser executada pelo governo federal em quase 70 anos.

Em 2020, o governo federal já executou oito pessoas, incluindo a única indígena americana no corredor federal da morte. Sua execução, em agosto, teve a oposição de seu povo, a Nação Navajo

A celebridade Kim Kardashian está entre as figuras proeminentes que pediram a Trump que interrompesse a execução . Ele disse em uma série de tuítes recentes que o "papel de Bernard foi menor em comparação com o dos outros adolescentes envolvidos".

Os grupos contra a pena de morte querem que o presidente eleito, Joe Biden, faça mais pressão para deter a aceleração das execuções. O democrata, porém, não pode fazer muito para interrompê-las.

A questão é desconfortável para Biden, dado seu apoio passado à pena capital e seu papel central na elaboração de um projeto de lei criminal de 1994 que acrescentou 60 crimes federais pelos quais alguém poderia ser condenado à morte.

Vários detentos já executados no corredor da morte foram condenados sob as disposições desse projeto de lei, incluindo quem participou de sequestros e roubos de carros terminados em morte.

As execuções até agora realizadas neste ano foram por injeção letal em uma penitenciária americana em Terre Haute, Indiana, onde todas as execuções federais acontecem. A droga usada para executar as sentenças é escassa. O Departamento de Justiça atualizou recentemente os protocolos para permitir execuções por fuzilamento e gás venenoso, embora não esteja claro se esses métodos poderão ser usados nas próximas semanas.

Pressão por clemência

A celebridade Kim Kardashian está entre as figuras proeminentes que pediram a Trump que interrompesse a execução . Ele disse em uma série de tuítes recentes que o "papel de Bernard foi menor em comparação com o dos outros adolescentes envolvidos".

Os grupos contra a pena de morte querem que o presidente eleito, Joe Biden, faça mais pressão para deter a aceleração das execuções. O democrata, porém, não pode fazer muito para interrompê-las.

A questão é desconfortável para Biden, dado seu apoio passado à pena capital e seu papel central na elaboração de um projeto de lei criminal de 1994 que acrescentou 60 crimes federais pelos quais alguém poderia ser condenado à morte.

Vários detentos já executados no corredor da morte foram condenados sob as disposições desse projeto de lei, incluindo quem participou de sequestros e roubos de carros terminados em morte.

As execuções até agora realizadas neste ano foram por injeção letal em uma penitenciária americana em Terre Haute, Indiana, onde todas as execuções federais acontecem. A droga usada para executar as sentenças é escassa. O Departamento de Justiça atualizou recentemente os protocolos para permitir execuções por fuzilamento e gás venenoso, embora não esteja claro se esses métodos poderão ser usados nas próximas semanas.


Noticia: Dw.com


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